É até engraçado falar sobre a maternidade.
Falar de algo que sonhei a vida inteira.
Que sonhei com a minha geração, com os frutos do meu amor.
Que vivi em função de um sentimento.
O de ser MÃE.
Hoje, olho para mim mesma e pela primeira vez,
exponho os meus sentimentos.
Ser mãe, ter a maternidade...
Olho para essas coisas e me pergunto: Será que ser mãe é apenas gerar?
Onde fica o cuidar, o zelar, as noites de sonos acordadas...
Passei a minha vida, acreditando que ser mãe era apenas gerar.
Me deparo com o fato de não poder gerar filhos...
Me senti inútil, incapaz de poder expressar os meus sentimentos, de dar amor...
Ter um filho.
E nesse impasse descobrir que a maternidade vai muito mais além de gerar.
E algo inexplicavel.
A maternidade inclui o dia-a-dia, a afetividade, a entrega, doação de uma vida em prol de um filho. Podemos também dizer, filhos do coração.
Descobri que posso me doar muito mais. Que posso fazer uma criança feliz.
Que posso me realizar sendo mãe, sem mesmo ter gerado.
Ai descubro o inexplicado da vida, o sobrenatural.
O lado bom de não ser fertil.
De poder me doar mais ao meu próximo, de olhar o mundo
por outro ângulo de ser mãe de muitos ao mesmo tempo.
Não é fácil chegar nesta concepção.
Demorou...
Mas aprendi. Compreendi o porquê disto.
E aprendi que por mais que aparenta não ter explicação,
Sempre há um motivo maior para qualquer situação em que vivenciamos.
(Sophia)
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