Viver... É uma mistura de sentimentos! Encantos, desencantos. Sonhos, decepções. Amor, desamores... Altos e baixos... Medo... É encontros e desencontros. Tudo ao mesmo tempo! Mas, só sabemos o que é o VIVER, quando se vive intensamente. Quando aproveitamos cada minuto dessa trajetória que chama-se VIVER!!

Cristo Jesus


Terra, Terra porque estais em silêncio?
Qual a razão de não se ouvir seu canto?
Por que sua voz está sufocada,
Cheia de horrores e espanto?
Gaia porque sua flébil cabeça vacila,
Meneando-se diante do Deus-encarnado?
Deves ser a ignomínia de um protesto,
Perante o Deus crucificado.
As aves não gorjeiam no firmamento,
O astro-rei esconde seu rosto,
A criação compõe seu lamento,
Diante do seu Criador morto.
As trevas então vestiram de luto a natureza,
Que acompanhava o suplicio do Nazareno,
A turba ao pé da cruz se silenciava,
Diante do espetáculo violento.
Jesus está sozinho, abandonado.
Deus-Pai entregou seu Cristo.
O Messias clama por Deus,
Mas Ele parece não ouvir seu grito
Mas o Pai está presente na cruz.
E com Ele o Santo Espírito,
Eles também sofrem a ruptura,
Que se revelava naquele grito.
Homens onde estão suas torturas?
Onde está o poder do flagelo?
Onde estão os que pregaram suas mãos,
Com enormes cravos de ferro?
Que sentido tinha o cuspe?
Que significa a coroa de espinhos?
Porque lançaram sortes sobre suas vestes?
Por que lhe deram para sorver certo vinho?
Será que era o cálice dos sofrimentos,
Que Ele pediu ao Abba para dele passar?
Sim! Sorveu a goles profundos todo ele,
Sem nenhuma queixa, até expirar.
Homens cadê o seu delírio?
Onde estão agora vossos vitupérios?
Não sobrou nada de gritos?
Será que não há mais impropérios?
Me digam se há maior drama?
Mostrem-me se há maior memória?
Não há outro episódio tão escandaloso,
Nas páginas pardas da história.
Escândalo e absurdo!
Disso se faz a crônica da cruz.
Absurdo é Deus crucificado,
Escândalo é a morte de Jesus.
E que sangue é esse misturado a poeira?
Que tinge de luto a colina caveira?
Não é o sangue do Deus crucificado,
Derramado no madeiro amaldiçoado?
O vento parece encher Jerusalém fumus,
Misturado ao sangue do Inocente.
Não é paradoxo o Salvador do mundo,
Morrer assassinado tão cruelmente?
Ele morre. Vem chegando sábado e domingo,
E com eles vem o silencio e calmaria,
Agora não demoraria muito,
Para o Crucificado ressuscitar ao terceiro dia.
Domingo de manhã a terra volta a sorrir,
Enchendo a vida de alegria.
Jesus Cristo se levanta do tumulo,
Inaugurando a manhã de um novo dia.
Onde está o poder das trevas?
Onde está à força da morte?
Satanás, pecado e morte foram vencidos,
Jesus Cristo mudou nossa sorte.
Ele ascendeu para o céu,
Para ao lado de Deus- Pai ficar,
Prometeu-nos voltar um dia -
“Maranata – o Senhor voltará”.
( Van Luchi - Adriano Luchi)

Nenhum comentário: